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Cura Gay?

  • Foto do escritor: Manuela Torres
    Manuela Torres
  • 28 de nov. de 2018
  • 3 min de leitura

Nós somos os humanos mais modernos da história do mundo e nós vivemos no passado.


Hoje uma série de fatos deixou minha paciência como não uma das melhores, e todos eles envolvem o mundo e uma quantidade surpreendente de babaquice.

Ontem, dia 18, noticiado oficialmente em pleno Jornal Nacional, o Brasil inteiro ficou sabendo de algo inesperado. A “cura gay”, que até então havia rendido apenas bons e velhos memes, parece ter ido além das risadas descontraídas e alcançado o riso de desespero. Sim, era absolutamente inesperado que qualquer profissional, após estudar incansavelmente para um vestibular de direito, ralar a faculdade inteira, tentar aprovação na OAB, e ainda prestar concursos públicos para alcançar o respeitável cargo de juiz, fosse bater o martelo e dizer “Sim, os psicólogos podem sim orientar os pacientes a reverterem sua orientação sexual”. Bom, na verdade o que ele disse foi “A fim de interpretar a citada regra em conformidade com a Constituição, a melhor hermenêutica a ser conferida àquela resolução deve ser aquela no sentido de não provar o psicólogo de estudar ou atender àqueles que, voluntariamente, venham em busca de orientação acerca de sua sexualidade, sem qualquer forma de censura”. Enfim, apenas palavras formais para se dizer a mesma ideia. O fato é que era inesperado por um único e simples motivo: é absurdo, apenas.

É absurdo voltarmos para os tempos de “A Garota Dinamarquesa”, a partir do minuto 42, na cena em que a protagonista pergunta ao médico o que há de errado com ele, e o médico responde que ele sofre de um “desequilíbrio químico”. Hoje, após tantas lutas, tantos pedidos por amor, tanto estudo, tanta reflexão... eu é que pergunto: Será que o mundo enlouqueceu? Será mesmo que é tão difícil assim entender que o avanço recorde da tecnologia em tão curto prazo acarretou mudanças significativas não apenas na estrutura física do planeta e nas relações sociais, mas também na forma como as pessoas veem o mundo?

Nós somos os humanos mais modernos da história do planeta. Agora, no momento em que você lê esse texto, você pode abrir a boca e dizer que você é a pessoa do futuro. Com seu smarthphone e seu cabelo colorido, você seria como uma espécie de ET para qualquer Homo sapiens do século XVIII para trás. Percebeu? Então dá uma olhada na responsabilidade!

Pensa jovem, que você não é só o ser humano mais moderno da Terra, mas como a pessoa que vivencia uma transição nunca antes vista, enunca antes sentida. Eu não conheço o mundo sem internet, mas eu já ouvi muito falar. Porém, o mundo, ele já ouviu falar de como será o futuro a partir da internet, mas ninguém, jamais, em todo a história do planeta, ousou conhecer essa realidade em seu ápice.

Os conflitos hoje são morais e claro, não é que como se isso nunca houvesse acontecido. A realidade da história está sempre em constante transição, porém, hoje essa transição é politicamente correta. Mas como definir o que é politicamente correto se existem tantas políticas por aí? A direita, a esquerda... e o extremismo. Levamos isso tão a sério como se importasse.

Ondas ideológicas tem como consequência sempre um movimento contrário. Se chama “reforma e contrarreforma”, e isso é normal. O que não é normal é que sucessivas ondas ideológicas contrárias ocorram em uma velocidade na qual você seja incapaz de absorver e assimilar a informação. Diga, qual a sua opinião quando você não ouviu a de ninguém antes? Ah, difícil responder, porque qualquer reflexão está a apenas um clique de distância.

Pensa jovem, pensa. Mas pensa por você.

Você acha mesmo que ser gay é doença? E achar que ser gay é doença não é algo ainda mais grave?

Eu sei jovem, que a sua opinião é bastante moldada no que os outros vão de pensar de você pela forma como você pensa, mas se você refletir bem, você irá sintetizar uma série de assuntos polêmicos em algo extremamente simples. Basta pensar, refletir, duvidar do que você já ouviu e do que já te disseram, e deixar de lado a cobrança social...

Ok Manuela, eu estou pensando, mas existem dúvidas certo? E se alguém, gay, pedir auxílio a um psicólogo para reverter sua orientação sexual por conta de pressões sociais? Então, nesse caso, o profissional estaria autorizado?

Independente da resposta que você ache, ou que você chegue, há uma reflexão: algumas pessoas mudam quem são para se adequar ao mundo e sofrerem menos; outras sofrem por saber que o mundo nunca irá mudar se todos deixarem de ser quem são para ser o que todos esperam que eles sejam. Diga, a qual grupo você pertence?

Pensa jovem, pensa.

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